De terno e gravata, taxista investe em serviço VIP para fidelizar clientes
Em Curitiba, táxi toca música instrumental, e passageiro ganha lembrança.
Atendimento de qualidade faz com que taxista ganhe até R$ 60 em gorjeta.
m carro confortável, balas, revistas, música instrumental, limpeza impecável e um motorista em traje social. Quem entra no táxi de Cesar Bueno, de 61 anos, percebe imediatamente que a viagem terá um toque refinado – com direito a lembrança do final da corrida. Na profissão há 33 anos, ele decidiu investir na qualidade do atendimento para se diferenciar no mercado e assim fidelizar clientes.
A iniciativa, que deu o caráter VIP ao serviço, visava apenas cativar os passageiros, porém se demonstrou um mecanismo para aumentar a renda. “Eu tenho um gasto por mês de R$ 150, no máximo, com essas coisinhas. Por dia de trabalho, por eu trabalhar desta forma, eu ganho de R$ 50 a R$ 60 em gorjeta. Se eu não faço esse atendimento, eu não ganho esse dinheiro”, contou Bueno.
As lembrancinhas – uma caneta para os homens e uma lixa de unha para as mulheres – são fornecidas pela rádio táxi a qual Bueno é associado.
O taxista faz questão de descer do carro e abrir a porta para os passageiros tanto no início quanto no fim da corrida. “Não importa se é homem, se é mulher ou criança... Está me pagando, estou fazendo o meu serviço”, comentou o taxista.
A iniciativa, que deu o caráter VIP ao serviço, visava apenas cativar os passageiros, porém se demonstrou um mecanismo para aumentar a renda. “Eu tenho um gasto por mês de R$ 150, no máximo, com essas coisinhas. Por dia de trabalho, por eu trabalhar desta forma, eu ganho de R$ 50 a R$ 60 em gorjeta. Se eu não faço esse atendimento, eu não ganho esse dinheiro”, contou Bueno.
As lembrancinhas – uma caneta para os homens e uma lixa de unha para as mulheres – são fornecidas pela rádio táxi a qual Bueno é associado.
O taxista faz questão de descer do carro e abrir a porta para os passageiros tanto no início quanto no fim da corrida. “Não importa se é homem, se é mulher ou criança... Está me pagando, estou fazendo o meu serviço”, comentou o taxista.
Cada detalhe, do local onde ele coloca as balas até a trilha sonora, é pensado para atingir o objetivo de prestar um serviço de qualidade diferenciada.
“A música instrumental, tanto faz se é clássica ou música popular brasileira, agrada a todos. Ela se torna uma música ambiente, é muito difícil uma pessoa que não goste”.
“A música instrumental, tanto faz se é clássica ou música popular brasileira, agrada a todos. Ela se torna uma música ambiente, é muito difícil uma pessoa que não goste”.
Agora, se o passageiro preferir outro estilo musical, Bueno está preparado. Ele tem um pen drive com diversas músicas e coloca aquela que é do gosto do cliente.
De acordo com Cesar Bueno, o elogio é garantido. Todos os passageiros percebem o empenho dele em oferecer um carro confortável e um atendimento de qualidade.
“O pessoal fica criticando que eu coloco um Honda Civic na praça, mas eu penso também, em primeiro lugar, no meu conforto - eu fico mais dentro do carro do que na minha casa. E, em seguida, no conforto do meu cliente”.
Em todos esses anos de profissão, o taxista construiu uma carteira com 30 clientes que só pegam táxi com ele. Essas pessoas ligam diretamente para o celular do Bueno. “São clientes que não importa o tempo que eu levo para ir atender, eles me esperam. Neste grupo tem clientes que me pagam por mês”, contou o taxista.
Visão empreendedora
A decisão de reformular o serviço, de mudar a forma como atender o cliente é o que os especialistas chamam de inovação. O professor universitário Samir Bazzi, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fae, destaca que Cesar Bueno teve visão de negócio quando anos atrás agiu para agregar valor ao serviço prestado.
“O pessoal fica criticando que eu coloco um Honda Civic na praça, mas eu penso também, em primeiro lugar, no meu conforto - eu fico mais dentro do carro do que na minha casa. E, em seguida, no conforto do meu cliente”.
Em todos esses anos de profissão, o taxista construiu uma carteira com 30 clientes que só pegam táxi com ele. Essas pessoas ligam diretamente para o celular do Bueno. “São clientes que não importa o tempo que eu levo para ir atender, eles me esperam. Neste grupo tem clientes que me pagam por mês”, contou o taxista.
Visão empreendedora
A decisão de reformular o serviço, de mudar a forma como atender o cliente é o que os especialistas chamam de inovação. O professor universitário Samir Bazzi, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fae, destaca que Cesar Bueno teve visão de negócio quando anos atrás agiu para agregar valor ao serviço prestado.
“Ele não pode mudar o preço, que é tabelado. É o preço da corrida e pronto. Então, ele oferece algo a mais e nisso ele acaba cativando o cliente. O que ele faz hoje é uma tendência de mercado”, afirmou o professor.
Bazzi afirma que em qualquer área é possível inovar. Segundo o professor, é o famoso “pensar fora da caixinha, fazer diferente”.
Bazzi afirma que em qualquer área é possível inovar. Segundo o professor, é o famoso “pensar fora da caixinha, fazer diferente”.
“Não existe limite. Em praticamente tudo a gente consegue colocar um pouco de inovação, e, em especial, para os autônomos, em um momento de crise, pode virar questão de sobrevivência”.
O início
O taxista sentiu que precisaria apostar em um diferencial logo que começou na profissão. Quando comprou o táxi, Cesar Bueno tinha outro emprego e deixava o carro com outro motorista. Ele só fazia corridas nos dias de folga, fim de semana e feriados. À época, ele já exigia dos funcionários que cuidassem da aparencia e que mantivessem o carro sempre limpo.
“Na época, realmente, existia muito mau elemento na praça. Até assaltante tinha dirigindo táxi, eu até sentia vergonha de ser taxista, devido à má fama. Então, decidi mostrar para o cliente que em todo lugar tem os maus e os bons, e que eu faço parte dos bons”.
O início
O taxista sentiu que precisaria apostar em um diferencial logo que começou na profissão. Quando comprou o táxi, Cesar Bueno tinha outro emprego e deixava o carro com outro motorista. Ele só fazia corridas nos dias de folga, fim de semana e feriados. À época, ele já exigia dos funcionários que cuidassem da aparencia e que mantivessem o carro sempre limpo.
“Na época, realmente, existia muito mau elemento na praça. Até assaltante tinha dirigindo táxi, eu até sentia vergonha de ser taxista, devido à má fama. Então, decidi mostrar para o cliente que em todo lugar tem os maus e os bons, e que eu faço parte dos bons”.
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