segunda-feira, 15 de junho de 2015

'Não matei ninguém' diz suspeito de assassinar jovem a pedradas no ES

O suspeito Gleisson Pereira é irmão do padrasto da vítima, de 14 anos.
Ele foi reconhecido pela irmã do jovem, que o viu ao lado do corpo.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta*
O homem preso sob suspeita de matar a pedradas e pauladas o estudante Rafael Barbosa de Melo, de 14 anos, negou o crime neste domingo (14). "Eu não matei ninguém não. Nós se dava bem (sic)", disse Gleisson Pereira Miranda, de 26 anos. A polícia chegou ao suspeito após a irmã do menino afirmar que o viu próximo ao corpo após o crime.
Rafael foi morto a pauladas e pedradas na manhã deste sábado (13), no bairro Santa Catarina, em Cariacica, Espírito Santo. Antes da prisão do suspeito, a família acreditava que o crime teria sido motivado por homofobia. O menor era aluno do 7º ano do Ensino Fundamental e tinha o sonho de se tornar um famoso estilista.
Suspeito de matar estudante no Espírito Santo negou o crime (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Suspeito de matar estudante negou o crime
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Gleisson Miranda foi detido 24 horas depois do crime. Ele é irmão do padrasto do adolescente e havia se mudado para a casa da família há cerca de dois meses.
Familiares do adolescente perceberam que Gleisson não foi nem ao velório, nem ao enterro, que aconteceu na manhã deste domingo. Os policiais chegaram ao suspeito após a irmã de Rafael, uma menina de 11 anos, denunciar o tio.
"A irmã presenciou a vítima no chão, toda ensanguentada, e o tio ao lado do corpo. Logo em seguida, o tio saiu correndo em direção à mata", disse o delegado Rodrigo Augusto Sandi Mori.
A menina não falou antes porque estava com medo de ser morta, segundo a polícia. Pedras e pedaços de madeira que estavam no local onde o corpo foi encontrato foram apreendidos pela perícia para confirmar se foram usados para matar o estudante.
Pedra usada em crime foi recolhida pela polícia, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Pedra usada em crime foi recolhida pela polícia
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Para o delegado, a morte de Rafael não foi um crime de homofobia. "Não dá para acreditar que foi um crime homofóbico. A família também acredita que pode ter sido uma tentativa de abuso por parte do tio, tendo sido negado pela vítima. Em razão disso, houve uma discussão, que ocasionou a morte da vítima".
A mãe de Rafael, Vanderleia Barbosa, acredita que o cunhado queria abusar sexualmente do menor. "Acho que talvez ele queria abusar dele", afirmou a mãe.
Gleisson foi autuado por homicídio por motivos torpe, meio cruel e sem a possibilidade de defesa da vítima. Ele foi levado para o Centro de Triagem de Viana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário