Trabalhadores protestam e deixam o trânsito caótico no litoral de S. Paulo
Protesto foi organizado pelas Centrais Sindicais contra o governo.
Grupo iniciou manifestação às 6h e começou a liberar vias às 8h.
Dezenas de trabalhadores acordaram cedo nesta sexta-feira (29) para protestar contra as alterações no seguro-desemprego propostas pelo Governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Mudanças nas regras da pensão, no fator previdenciário e o projeto de terceirização também estão entre as pautas dos manifestantes.
A avenida da praia no limite entre os municípios de Santos e São Vicente, que permanecia bloqueada desde às 5h50, foi totalmente liberada para o tráfego de veículos às 8h15, quando os manifestantes começaram a deixar os locais. A proposta inicial era permanecer bloqueando o tráfego de veículos até às 10h, mas a chuva atrapalhou o plano do grupo.
Também por volta das 8h15, os manifestantes que se concentravam na avenida Martins Fontes, na entrada de Santos, começaram a liberar as vias e iniciaram uma caminhada em direção ao Centro da cidade. Apesar da liberação o trânsito permanecia complicada no local e centenas de motoristas faziam filas para tentar chegar ao trabalho.
Segundo o coordenador regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Mário de Matos Soares, a manifestação é, principalmente, contra a terceirização dos serviços. “Ela acaba com os direitos do trabalhador, vai achatar os salários e provocar demissões. Além disso, tem o pacote fiscal que vai fazer a classe trabalhadora sofrer uma perda muito grande. Vamos perder, com essa medida, os direitos que foram conquistados com a luta de vários anos", diz.
Trânsito caótico
O protesto teve início por volta das 5h40. Motoristas que tentavam passar pela avenida da praia de Santos em direção a São Vicente foram impedidos por manifestantes que formaram um paredão. Para tentar fugir do trânsito e das filas de veículos que começaram a se formar, alguns motoristas optaram por escapar passando pelo canteiro central.
O protesto teve início por volta das 5h40. Motoristas que tentavam passar pela avenida da praia de Santos em direção a São Vicente foram impedidos por manifestantes que formaram um paredão. Para tentar fugir do trânsito e das filas de veículos que começaram a se formar, alguns motoristas optaram por escapar passando pelo canteiro central.
A Polícia chegou minutos depois para acompanhar o protesto e evitar tumultos. Por volta das 7h20, tanto a avenida da praia quanto a Martins Fontes permaneciam bloqueadas e, por isso, longas filas de veículos se formaram deixando o trânsito caótico. A rota alternativa entre as duas cidade é o Morro da Nova Cintra, que já apresenta grande tráfego de veículos.
Rodovias
Uma outra manifestação aconteceu na rodovia Cônego Domênico Rangoni, que dá acesso as cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. Por volta das 6h50 a rodovia registrava 4km de congestionamento tanto no sentido do litoral, quanto em direção à capital Paulista.
Uma outra manifestação aconteceu na rodovia Cônego Domênico Rangoni, que dá acesso as cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. Por volta das 6h50 a rodovia registrava 4km de congestionamento tanto no sentido do litoral, quanto em direção à capital Paulista.
Já na avenida Martins Fontes, na entrada de Centro de Santos, há tráfego lento para o motorista que chega à cidade pela rodovia Anchieta. De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta Imigrantes (SAI), havia pelo menos 1 km de congestionamento, também reflexo da manifestação, por volta das 8h15.
Prejuízos
Quem depende do transporte coletivo também está tendo uma manhã complicada nesta sexta-feira. Muitos passageiros precisaram descer dos ônibus e estão seguindo a pé para o trabalho. “Fiquei sabendo por um grupo do celular sobre essa manifestação, mas pensei que seria na estrada e não no meio da cidade. Entendo o motivo deles, mas isso atrapalha quem acordou cedo pra trabalhar", reclama Wederson Souza Dantas, 20 anos, auxiliar de limpeza.
Quem depende do transporte coletivo também está tendo uma manhã complicada nesta sexta-feira. Muitos passageiros precisaram descer dos ônibus e estão seguindo a pé para o trabalho. “Fiquei sabendo por um grupo do celular sobre essa manifestação, mas pensei que seria na estrada e não no meio da cidade. Entendo o motivo deles, mas isso atrapalha quem acordou cedo pra trabalhar", reclama Wederson Souza Dantas, 20 anos, auxiliar de limpeza.
A faxineira Rosilda da Silva Santos também foi surpreendida com a manhã de protestos. "Fui pega de surpresa. Não sabia de nada. Mas acho válida essa atitude já que estão querendo prejudicar o direito dos trabalhadores", afirma.
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